Terremoto - Maria Francisca

 19 de agosto de 2017 

 

Acorda, oh, tu que dormes!

A rua deserta convida ao sono.

Alerta! O mal ama deserto,

O caos e abandono.

 

Acorda, oh, tu que dormes!

Não te instales na inércia.

Acende a lanterna e segue

Em silêncio, vem depressa.

 

Acorda, oh, tu que dormes!

O dia amanhece. Resplandece

Tudo em volta, e tu dormes?

O mundo gira, a terra treme,

Passa do caos ao cosmos,

Retorna ao caos

E tu dormes?

 

Até quando?

 

Maria Francisca – agosto de 2017.

 

 

 

 

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18 comentários


  1. Regina Lúcia P. Rangel
    19 de agosto de 2017 às 16:47

    Belo terremoto. Em Torres Vedras domingo ocorreu um abalo sísmico. Eu e minha amigas saímos de lá de manhã e o abalo foi à noite. Na verdade o susto é que foi grande para as sobrinhas da amiga. Um terremoto em verso é outra . Parabéns! Boa noite! Beijos!

  2. Muito bom. Parabéns

  3. Se o sono é muito profundo o terremoto pode ser sentido apenas como um embalar. Belo poema, Francisca!

  4. Eu sei que não iria dar outra coisa senão o aplauso. Aplaudir terremoto? Não. Será sacudir as ideias. Precisamos muito de terremotos para nos tirar da letargia. Belo poema. Parabéns de novo. Virou rotina : mais palmas sempre.

  5. O despertar é indicativo de vida. Deveras o acordar é chance que se renova.
    Belo poema!!!
    Martha

  6. Belo poema. É preciso que todos acordemos mesmo. Está tudo fora do lugar. Até quando dormiremos em berço esplêndido. Até quando?

  7. Minha querida “ídola”…
    Amei seu poemeto, sincero, forte e inspirador.
    Quem dorme não acorda a tempo, por isso, há que se dormir com um olho só… Parabéns!
    Abs. Genesio Vivanco.


  8. Renato Pereira Lana
    20 de agosto de 2017 às 14:55

    Muito bom! Você é fantástica! Abraço.

  9. Dormientibus non succurrit jus.

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Maria Francisca Lacerda
Poeta e escritora.
Espírito Santo - Brasil.


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