No meio da chuva - Maria Francisca

 5 de setembro de 2021 

No meio do caminho tinha uma pedra

Não era a pedra do Drummond…

Era uma chuva, mas não era Maria que chovia

Daquele caso, daquele pluvioso…

Ou seria Maria (Francisca)?

 

Mas essa pedra, essa chuva

Cai aqui devagar, uma pedrinha de nada

Mas cai em cada lugar…

Alaga, destrói e chega a matar.

 

A chuva que senti era uma

As que vi por outras lentes

Eram outras, torrentes.

 

E uma moça, vestia, carinhosamente,

No meio da chuva que vi,

O casaco de frio numa velhinha triste.

 

Maria Francisca – julho de 2021.

 

 

 

 

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7 comentários


  1. João Roberto Vasco Gonçalves
    7 de setembro de 2021 às 22:11

    Decifrar os seus enigmas seria subtrair-lhe os encantos. bastam-me o fluxo energético que percebo em suas entrelinhas. Um dos projéteis desse granizo acertou seu alvo!

    • Obrigada, meu amigo.
      Você tem razão, mas, você sabe, quando escrevemos algo, não pensamos em enigma. Grande abraço.

      • Realmente, para nós no momento é tão límpido que não nos parecem, embora o sejam para outrem, fora do contexto. Mas costuma até o próprio autor, muito tempo depois, em alguns, não lembrar do que foi a origem e até mesmo para ele ser um enigma (que será que eu quis dizer com isso).


  2. Geraldo de Castro Pereira
    8 de setembro de 2021 às 19:47

    Amiga e confreira Maria Francisca! Sempre nos encantando com suas crônicas e seus poemas! Parabéns! Tudo muito lindo! Abraços!


  3. Marcos José dos Santos Louzada
    15 de setembro de 2021 às 11:52

    Belíssimo soneto, Francisca! Adorei!
    Abração!
    Marcos

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Maria Francisca Lacerda
Poeta e escritora.
Espírito Santo - Brasil.


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