Não tracei planos pra tantos abraços,
Nem pensei ter tantos braços.
Não contei quantas horas dormi,
Nem me dei conta de tanto cansaço.
Não tracei planos pra dias de glória,
Nem pensei nas lutas sem tréguas.
Não tentei fugir das ventanias,
Nem quis mudar a curso das águas.
Não li cartas pra saber o destino,
Nem pretendi interpretar a vida.
Não me livrei de angústias e desditas,
Só desfraldei bandeiras pra seguir na lida.
Não pensei quantos anos viver
Nem quantas ondas vencer
Não vi instalar-se o silêncio,
Nem senti chegar o entardecer.
Hoje olhei o mar. Vi ondas calmas
Fazendo espumas entre as brumas leves,
Lavar meus pensamentos graves,
Pra esquecer os ventos, esses dias frios,
E esta vida breve.
Maria Francisca – maio de 2016.
Regina Lúcia Pinto Rangel
30 de junho de 2016 às 15:47
Crochê Diário
Bela poesia! Crochê é trabalhoso mas faz bem à alma!Sempre vou visitar seu blog! Beijos!
mariafrancisca
7 de julho de 2016 às 18:35
Grata, Regina. Que bom que gostou. Receber sua visita sempre vai ser ótimo. Beijos
Simone
7 de julho de 2016 às 14:58
Uma delícia de poema, acho que uma canção.
Parabéns pelo Blog, está lindo!
Beijo!
mariafrancisca
7 de julho de 2016 às 18:34
Obrigada, Simone. Espero sua visita, sempre. Beijos.
Attilius
8 de julho de 2016 às 13:40
Gosto de suas viagens ao interior da alma. Muito bem!
mariafrancisca
9 de julho de 2016 às 20:12
Grata. Espero contar sempre com sua visita. Meu abraço.
rosa cardoso
23 de agosto de 2016 às 21:50
Drª Chiquinha, lembra quem a chamava assim? Estou adorando ler suas cronicas e versos,. São de uma leveza que acalenta a alma.
Parabéns, o seu blog vai se tornar parada obrigatória quando quiser aquietar minha alma.
mariafrancisca
1 de setembro de 2016 às 14:21
Não me lembro quem me chamava assim. Quem era? Mas eu tenho muitos nomes e já coloquei isso num livro. Apelidos e mais apelidos, mas eu gosto, porque cada um representa uma pessoa, o jeito de a pessoa lidar comigo, não acha?